baal da luz vermelha
Alemanha, 1918, um jovem de apenas 20 anos, Bertold Brecht, termina a escrita de seu primeiro texto teatral: BAAL. Brasil, 1968, um jovem de apenas 20 e poucos anos, Rogério Sganzerla, termina seu primeiro filme: O Bandido da Luz Vermelha. Porto Alegre, 2018. No aniversário de 100 anos de BAAL e de 50 do BANDIDO, João de Ricardo choca o ovo do dragão na Oficina de Montagem de Espetáculo PHC (processos híbridos de criação) fazendo nascer o BAAL DA LUZ VERMELHA, um espetáculo de aprendizagem nascido no espaço entre as obras de Brecht e Sganzerla e o Brasil de hoje. Tanto BAAL quanto o BANDIDO celebram a marginalidade como potência de subversão, como metáfora da condição do artista num contexto impregnado de intolerância.
As obras mergulham nas contradições humanas, o bem que fere e o mal que redime, fazendo do anti-herói um cavalo montado pela loucura da criação. Em tempos de decadência das instituições e desmantelamento de qualquer projeto de preservação e incentivo à cultura, em tempos de ataques constantes às minorias, BAAL da LUZ Vermelha surge como um soco na moralidade de cueca e uma celebração da arte impregnada de vida e resistência. Em BAAL da LUZ VERMELHA os espectadores são convidados a descerem ao inferno numa performance coletiva, psicotrópica e musical. Quem sabe ao confrontarmos BAAL e sua incrível potência ígnea, possamos nos empodeirar com nossas próprias sombras.
ficha técnica
Direção/processo pedagógico: JdR – João de Ricardo
Elenco: Gabriel Ignácio, Giorgia Fiorini, Reynaldo Neto e Saimon Rodriguês
Figurinos e maquiagem: o grupo
Espaço e iluminação: JdR
Trilha pesquisada: o grupo
Dramaturgia: JdR e grupo, inspirados em “BAAL”, de Bertold Brecht, e O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla.
Arte gráfica: Kika Simone, Gabriel Ignácio e JDR
Uma realização: Cérebro + Cia Espaço em Branco