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tocar paraíso

O trem do Ocidente passa rápido e já nem pára, não tem como parar, ele atropela a todos seguindo seu fluxo cego. É o progresso. A energia vem do lucro, vem do modelo de civilização alicerçada no capitalismo. O lucro é a vida sugada de pessoas e nações que se afundam em meio ao lixo tóxico. É tempo roubado. O texto de Köck admite o absurdo do teatro frente à vida, sua incapacidade de realmente mudar alguma coisa. Lançando mão de distintas possibilidades de estruturação da escrita para a cena, o autor vai do lírico ao dramático e ao épico, para contar histórias atravessadas por trens. A ironia percorre a linguagem cênica revelando o sedimento crítico que o texto traz em relação ao percurso civilizatório ocidental. A Cia. Espaço em Branco reúne um grupo de artistas do corpo que tem uma trajetória rica e diversa, que extrapolam a linguagem da atuação em suas experiências, mas que também dançam, fazem ativismo de gênero, que escrevem e fazem imagens em movimento para criar Tocar PARAÍSO em um regime de residência no palco do Instituto Goethe de Porto Alegre. É na proposta de um corpo-coro que os personagens/discursos propostos por Köck irão encarnar. Um coletivo que, nutrido pelas singularidades, cresce numa presença múltipla que ultrapassa a noção de sujeito. Esse corpo/coro é o duplo da plateia. Nas noites de apresentação tocaremos PARAÍSO. Choque e fusão. Desejamos encontrar um sentido em fazer teatro, um sentido sem sentido, um sentido de muitos sentidos alicerçado num presente inevitável.

ficha técnica

Direção: João de Ricardo – JdR

Texto: Thomas Köck  

Tradução: Christine Höhrig

Elenco: Anildo Böes, Eduardo d’Avila, Evelyn Ligocki, Fernanda Carvalho Leite, Iandra Cattani e JdR

Luz: JdR e Lucca Simmas

Músicos: Daniel Roitman e Rodrigo Fernandez

Figurinos, produção e divulgação: Cia. Espaço em BRANCO

Vídeos e fotos: Bruno Gularte Barreto

Contrarregra: Thales Ramsés

www.agoracriticateatral.com.br/tocar-paraiso

http://olharesdacena.blogspot.com/tocar-paraiso-rs

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